Republic P-47 Thunderbolt Sentando a Pua! - A aviação militar brasileira na Segunda Guerra


O Projeto

Parte V: Evoluindo

O primeiro protótipo voou em 6 de maio de 1941 e, apesar dos problemas apresentados, mostrou potencial. Foi feita uma encomenda de 171 P-47B e logo após a essa uma outra de 602 unidades do modelo C.

Em março de 1942, ou seja, dez meses após o vôo do primeiro protótipo, saiam da linha de montagem em Farmingsdale, Long Island, os primeiros P-47B para a USAAF. As entregas iniciais foram para o 56th Fighter Group da USAAF.

Em 1943, com o 56th indo operar na Europa sob o comando da 8ª Força Aérea da USAAF, seus P-47 se tornaram os primeiros a realizar missões de combate escoltando bombardeiros. Isso ocorreu em 13 de abril. Como os P-47 ainda não possuíam tanques externos de combustível não puderam fazer a proteção dos bombardeiros até o alvo.

Evolução do alcance dos P-47 sobre o mapa da Europa

Além disso, quando em combate a curta distância contra os Bf-109 e FW-190 apresentavam dificuldades mas, como eram mais velozes que seus rivais, conseguiam escapar. Apesar de tudo, a resistência do avião foi uma característica que foi verificada desde o início. Ele aguentava mais fogo inimigo que qualquer outro caça e permitia, na maioria das vezes, que o piloto conseguisse retornar a salvo.

Outras Partes da
História do P-47

Melhorar Sempre

O Thunderbolt só recebeu cabine pressurizada a partir do modelo C. Nesta versão o motor pasou a ser montado quase 30 cm a frente solucionando dois problemas: a)facilitar a manutenção e b)um velho problema de equilíbrio. Além disso, recebeu um ponto de fixação ventral (sob a fuselagem) para uma bomba de 454 kg ou tanque alijável para 757 l. Finalmente, a antena de rádio, localizada na carenagem atrás da cabine, foi encurtada e passou à posição de 90º.


O Modelo "D"

Até meados de 43, haviam apenas 602 Thunderbolts operando na linha de frente , todos modelos "C" - os "B" haviam ficado com a USAAF apenas para avaliação e jamais entraram em combate.

Foi naquela data, com a chegada do novo modelo "D", que o P-47 passou a ser largamente empregado pelas Forças Aliadas. O modelo "D" foi o Thunderbolt padrão com 12.610 unidades produzidas - para um total de 15.683, ou seja, 80,4% - com vinte variantes.

Basicamente, o novo modelo "D" foi melhorado em seus dois pontos fortes:
1) robustez - melhoraram a blindagem da cabine e recubriram os pneus com camadas extras de lona para evitar estouros durante a decolagem com carga máxima em qualquer tipo de piso.
2) velocidade - motor com injeção de água, provocando aumento de potência para velocidade de fuga.

Nos primeiros modelos (B, C e D até a variante 22-RE) a capota era deslizante e a carenagem superior traseira indo até o leme - eram chamados de razorback. A partir do lote D-25-RE (fabricado em Farmingdale) e D-26-RA (fabricado em Evansville) passou a usar a cabine tipo bolha. O projeto P-47 recebeu diversas outras modificações ao longo de sua vida.

Nas variantes D-15-RE/RA, o problema de alcance foi resolvido com asas com suporte para bombas de 227 kg ou tanques alijáveis de combustível de 568 l além da carga ventral - bomba de 454 kg ou tanque alijável de 757 l. Configurado com os três tanques de combustível, o P-47 escoltava as equadrilhas de bombardeiros até o alvo em qualquer parte do território alemão e, no retorno, a munição não utilizada era empregada contra alvos de oportunidade (comboios, tropas em marcha, etc.)

Em Julho de 1943, o P-47 recebeu a cabine bolha melhorando muito a visibilidade do piloto. Mas, com a perda da carenagem atrás do piloto devido a nova cabine, apareceram problemas de estabilidade que só foram resolvidos com a instalação de uma aleta que se iniciava logo atrás da cabine e terminava no leme. O primeiro lote a receber essa alteração foi o D-27-RE.

A última modificação substancial no modelo "D" foi na variante 35-RA a qual recebeu cinco pontos de fixação para foguetes de 12,7mm em cada asa.

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