Modelo | Mk. IX |
Fabricante | Supermarine Aviation Works Ltd. |
País de Origem | Grã-Bretanha |
Início da Produção | Julho de 1938 |
Motor | Rolls Royce Merlin 61 V-12 de 1.600 hp refrigerado a água |
Envergadura | 11,23 m |
Comprimento | 9,54 m |
Altura | 3,48 m |
Peso (vazio) | 2.545 kg |
Peso (máximo) | 4.310 kg |
Velocidade (máxima) | 660 km/h |
Teto (operacional) | 13.411 m |
Razão de Subida | 1.250 m / min. |
Alcance | 698 km (1.577 km com tanques extras) |
Armamento | Em cada asa, um canhão Hispano de 20mm e um Browning .50 |
Quantidade¹ | 5.665 (F - 1.255; HF - 400; LF - 4.000) |
Do fracassado projeto em 1930 até o novo avião, do qual herdou apenas o nome, o Supermarine Spitfire trilhou um caminho que mostrou à RAF o novo padrão de caças, bem mais avançados, para a guerra que se aproximava.
Foi da cabeça de Reginald Joseph Mitchell que surgiu o Spitifire, cujo primeiro vôo foi realizado em 5 de março de 1936, um ano antes de seu falecimento vitimado pelo câncer.
Antes de criar o Spitfire, seu derradeiro projeto, Mitchell havia acumulado experiência desde 1920, quando concebeu o Martlesham Amphibiam, sua primeira criação, com estrutura reforçada e linhas de forte apelo aerodinâmico, duas características de seus projetos.
A partir de 1922, a Supermarine decidiu competir no troféu Schneider, muito popular no meio aeronáutico permitindo o desenvolvimento dos projetos de Mitchell, os quais acabariam influenciando, principalmente em termos aerodinâmicos, o Spitfire.
Em 1930, o Ministério da Aeronáutica do Reino Unido fez uma requisição para um caça todo em metal, com quatro metralhadoras, baixa altitude de aterrisagem e velocidade máxima de 400 km/h. Mitchell concebeu o Supermarine Type 224, avião de asas grossas em forma de gaivota e trem de pouso carenado fixo. Recebeu o nome de Spitfire e resultou em enorme fracasso. O vencedor do contrato acabou sendo o Gloster Gladiator, um biplano de motor radial.
Uma das causas do sucesso do "segundo" Spitfire seis anos depois foi, além da excelência do projeto a adoção do motor Rolls-Royce Merlin, o mais utilizado na Segunda Guerra com cerca de 100.000 unidades produzidas pelo Reino Unido e EUA. O motor contava com 11.000 peças, sendo 4.500 não duplicadas, e foi projetado por uma equipe de seiscentas pessoas no Departamento Experimental da Rolls-Royce em 1932.
Em 1934, a Supermarine já havia decidido que Mitchell desenvolveria um caça inteiramente novo ao invés de aperfeiçoar o fracassado projeto de 1930. Durante o ano de 1935 o Spitfire começa a tomar forma, com asas elípticas e considerável diedro. Para permitir pousos mais "duros" os trens de pouso, em forma de telescópio amortecidos com óleo e ar, foram colocados o mais próximo possível um do outro evitando ao máximo o esforço do impacto nas asas. A bequilha traseira era um pequeno ski. Foram testados trinta modelos de hélice tendo sido escolhido um de duas pás com passo fixo. Em 1940, durante a Batalha da Grã-Bretanha, os Spitfires já estavam equipados com um modelo De Havilland de três pás de metal com passo variável. As velocidades de estol e decolagem eram respectivamente 110 km/h e 135 km/h
Dos esforços iniciais até o primeiro vôo, em março de 36, passaram-se vinte meses. O protótipo com nº de série K-5054 pintado em azul claro já havia conquistado, aquela altura, o apoio governo e uma especificação, F37/34, havia sido escrita anteriormente autorizando a construção do primeiro modelo.
Poucas mudanças foram necessárias para tranformar o K-5054 no primeiro Spitfire de série, o Mk I. A mais importante delas era ligada ao armamento com a adoção de oito metralhadoras .30 (quatro em cada asa). O pedido inicial em junho de 1936 foi de 310 unidades.
O Esquadrão 19 em Duxford foi a primeira unidade a operar os Spitfires, mas coube ao Esquadrão 603 o batismo de fogo, em 16 de outubro de 1940, sobre Firth of Forth, Escócia, quando um grupo de bombardeiros Heinkel He 111 foi interceptado com um deles abatido e outro danificado sem baixas para os britânicos.
Durante os anos seguintes na Segunda Guerra, o Spitfire apresentou um amplo número de versões, com variações de motor, armamento e equipamentos para missões especializadas como foto-reconhecimento, provando que o projeto de R. J. Mitchell, além de aerodinamicamente avançdo era bastante versátil.
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